Nos últimos anos, as etapas da vinificação tornaram-se muito mais eficientes: as práticas enológicas estão em constante evolução graças a tecnologias cada vez mais avançadas e a um aumento contínuo da informação por parte dos profissionais do sector. O objetivo da clarificação do mosto é separar os sólidos em suspensão, tais como resíduos de películas e pectinas, permitindo uma eficaz separação das fases sólido-líquido. Isto evita que estes resíduos libertem substâncias indesejáveis (como taninos e aromas herbáceos) durante a fermentação. A clarificação do mosto é normalmente efetuada através de dois processos:
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Clarificação estática |
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Flotação |
O objetivo destas práticas é idêntico: separar a fase líquida da fase sólida; na primeira técnica, os sólidos depositam-se no fundo do depósito a uma temperatura controlada; enquanto que na flotação, os sólidos são empurrados para a superfície, criando uma camada de borras no topo do depósito.
O princípio em que se baseia a clarificação estática a frio consiste em fazer com que as partículas sólidas se unam entre si, provocando a sua agregação e posterior sedimentação. Na flotação, é injetado um gás (normalmente azoto) no tanque para que as partículas sólidas fiquem presas e, subindo, formem uma camada compacta; no entanto, esta reação só ocorre em determinadas condições físicas e químicas.
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1. A temperatura do mosto deve estar compreendida entre 12°C e 20°C, uma vez que, a temperaturas mais elevadas ou mais baixas, a densidade do vinho altera-se. |
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2. As pectinas devem ser suficientemente pequenas para aderir às bolhas de gás, razão pela qual é muito importante utilizar uma enzima específica como a EnartisZym RS4F e efetuar o teste das pectinas. |
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3. As eventuais subsequentes adições de clarificantes não devem tornar as partículas de gás demasiado pesadas, uma vez que um flóculo demasiado grande ou pesado tenderá a precipitar, sendo, neste caso, recomendada a redução da dose de clarificante proteico para diminuir o tamanho dos flóculos. |
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4. O momento é importante: o mosto deve ser flotado antes que as borras agreguem e se depositem no fundo do depósito. |
Materiais e reagentes:
– Álcool etílico
– Ácido clorídrico 37%
– Tubos de ensaio
Procedimento:
– Preparar um litro de solução hidroalcoólica acidificada a 1% v/v: 950 mL de álcool etílico, 10 mL de Ac. clorídrico a 37%, completar o volume de 1 L com água desmineralizada.
– Num tubo de ensaio, misturar 10 mL de solução hidroalcoólica acidificada com 5 mL de mosto/vinho. Homogeneizar.
– Num mosto rico em pectinas, observa-se uma gelificação das pectinas em flóculos, ou o mosto apresenta aspeto leitoso.
– Num mosto despectinizado, não se observa turvação.
![]() Mosto com pectinas residuais |
![]() Mosto sem pectinas |
Teste das pectinas, em cima 3 exemplos de mostos ainda ricos em pectinas em que se observa a reação com álcool acidificado. Em baixo, o teste negativo: mosto despectinizado.
A escolha correta da enzima desempenha um papel crucial, uma vez que é o primeiro passo da fase de flotação.
A Enartis propõe uma gama completa de clarificantes de origem vegetal para diferentes fins enológicos: a gama PLANTIS.
Quando se trata de adição de proteínas ao mosto para clarificação, referimo-nos normalmente de clarificantes proteicos de origem animal ou vegetal, que têm por objetivo clarificar o mosto, melhorar a sua filtrabilidade e/ou evitar o aparecimento de turvação e de aromas/ sabores indesejados.
Nos últimos anos, a crescente atenção dos enólogos para soluções sustentáveis e a procura de alternativas veganas, levou a um aumento da utilização de clarificantes à base de proteínas vegetais, com o objetivo de obter os resultados idênticos ou superiores aos verificados com os clarificantes de origem animal.
Os constantes esforços de I&D e a procura de soluções para melhorar os processos resultaram num produto com excelente capacidade de clarificação, que serve precisamente este objetivo: tornar a flotação um processo ainda mais eficiente e simples.
PLANTIS L permite:
O objetivo da técnica de flotação é acelerar a clarificação do mosto. O departamento de Engineering da Enartis garante-lhe o suporte técnico para poder otimizar este importante importante processo da vinificação na sua adega.